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Se Deus é criador de tudo, Ele criou o Pecado?

Deus criou o pecado?

O pecado não foi plano de Deus, a criação foi perfeita, em seis dias Deus criou o universo que conhecemos, entretanto, como criação divina o pecado não existia. O fato do Senhor relatar ao final de cada dia, que tudo que ELE fez foi “muito bom”, deixa claro isso (Gn. 1:31)

A entrada do pecado ocorreu devido à desobediência do ser humano, pois Deus não o criou, o ato da rebelião contra Deus trouxe o pecado a existência (Rm 5:12-19)

Como entender o surgimento do pecado?

A queda

Para entender isso, é necessário recorrer aos textos da escritura que definem esse termo. João 3:4 diz: “Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei.” Portanto, o pecado é qualquer violação da santa lei de Deus.

Paulo traz profundidade a esse tema: “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3:23). O pecado é qualquer coisa (palavras, pensamentos, atitudes e intenções) que fique aquém da glória de Deus. Por isso devemos conhecer o caráter de Deus revelado nas escrituras, antes que possamos definir com precisão o pecado, porque a Sua glória é o padrão pelo qual o medimos (Sl 119:160; Jo 17:17). Sem um padrão perfeito, não há como determinar se algo é imperfeito.

O Senhor se revela em tudo, e sua perfeição aponta para sua glória (Rm 1:19,20). Sem a lei moral de Deus, não temos como discernir o certo do errado. E essa lei não chegou em Moisés, pois o Senhor colocou no coração do Ser humano antes das tábuas de pedra no monte Sinai, Abel, Enoque, Noé, Abraão, Sará, Isaque, Jacó, José, obedecerem antes da lei mosaica (Hb 11:4-22).

Foi decretado por Deus que anjos e humanos pecassem?

Deus fez sua criação com o livre-arbítrio, (humanos e anjos), automaticamente por serem livres, existe um potencial de escolher mal. Deus criou os seres humanos à Sua imagem, mas somos livres (Gênesis 1:27). O livre-arbítrio envolve a capacidade de escolher, e depois que Deus comunicou o padrão moral, Ele deu ao homem uma escolha verdadeira (Gn 2:16-17).

Como um ser livre, Adão escolheu a desobediência, Deus não o estimulou, como a própria palavra diz: “… Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo não tenta ninguém” (Tg 1:13). A mesma liberdade que proporcionou Adão a pecar, também traz as consequências da escolha praticada por ele (Rm 5:12).

Os anjos na vida de Jesus

Por que Deus nos criou livres, sabendo que iríamos pecar?

Analisando a liberdade e suas consequências causadas, muitos dizem que isso foi algo ruim, (essa liberdade que Deus, nós deu), mas foi uma coisa boa; sem ela, nós seríamos como robôs, não iríamos amar Deus, mas sim obrigados a amar, sem opção de escolha, um Deus perfeito, jamais poderia submeter seu caráter a isso. Deus da, um caminho, e nos encoraja a segui-lo (Êx 19:5; Dt 12:28; 1Sm15:22; Ez 18:30-32; Mt 7:13; 14; At 3:19; At 17:30,31…). E perto do Senhor, debaixo de sua vontade, herdamos sua promessa (Jr 7:23; Sl 115:11; Lc 11:28; …).

Mas são escolhas, Deus não nos acorrenta. Somos livres para amá-lo, ou não (At 7:51). Correspondendo seu amor, pois fomos amados primeiro (Jo 3:16, 1Jo 4:19). Como no princípio, no Éden, não existia cercas em volta da árvore proibida. A bênção da liberdade, proporcionaram a Adão e Eva opção, para escolher obedecer ou desobedecer. A opção pela desobediência, ocasionou em uma iniciativa que traria graves consequências (Gn 3:16–24). Eles sabiam disso, pois tinham o padrão da perfeição diante deles, e afastar da perfeição é automaticamente perder, aliás, isso é uma conta fácil, não existe nada melhor que o perfeito, e o oposto da vida, é a morte (Dt 30:11-20).

Liberdade de Escolha

Somos o espelho dessa narrativa de Adão e Eva. A liberdade de poder pecar é uma alternativa humana, decorrente da nossa da liberdade de escolha. Através do Espírito Santo que habita em nós, podemos obedecer, o que leva a uma vida justa, e justificada por Cristo em seu sacrifício (Js 1:8; 1Jo 5:2-4; 1Sm 15:22; Jr 29:13; 2 Tm 2:19).

Mas a liberdade traz consigo, a oportunidade de fazer o oposto, optando por seguir nossas próprias inclinações, decorrente da natureza pecaminosa humana, que nos afasta de Deus (Gl 5:13-24;). A Bíblia deixa claro que, seja qual for o caminho que escolhermos, as consequências seguirão. Colhemos o que plantamos (Gl 6:7). Algumas consequências são eternas.

Deus julga as pessoas (Ec12:14) e nações (Mq 5:15) que usam o seu livre-arbítrio para se rebelarem contra Ele. Deus não criou e nem cria situações de pecado. O Seu desejo é que todos cheguem ao arrependimento e experimentem a bênção e a alegria da vida eterna com Ele (2Pe 3:9; 1 Tm 2:4).

Mas o afastamento de Deus (Por livre escolha do ser humano), traz consigo a consequência dessa (distância). Deus não está alheio a história, sua presença e seu poder agem ativamente dentro de sua criação, de modo que Deus não é um simples espectador, mas o Rei dos Reis, e Senhor dos Senhores (Ap 19:16).

O plano de salvação foi consumado (Jo 19:30), Lemos sobre a criação (Gn 1–2), a queda (Gn 3), a redenção (Evangelho) e a consumação que ocorrerá na volta de Cristo (Ap 20:11-15), esses são os pilares da palavra de Deus (Ap 22:6; 18,19,20).

A restauração e o fim do pecado

Quando chegar o momento do juízo, tudo que foi inventado pela mente do ser humano, será julgado, nada poderá ser escondido, ou alguma responsabilidade ser transferida, podem tentar inventar termos teológicos, interpretações equivocadas, com intuito de minimizar uma culpa, mas a palavra é clara, Deus criou o homem perfeito, e o caráter Santo do nosso Deus revelado nas escrituras, é totalmente contrário a essa afirmação de Deus ser o criador do pecado.

Eclesiastes 7:29
Vede, isto tão somente achei: que Deus fez ao homem reto, mas ele buscou muitas invenções.

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Escrito por
Discipulando Mártires
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