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O Dever Pastoral e dos líderes

“Obedeçam aos seus líderes e sejam submissos a eles, pois zelam pela alma de vocês, como quem deve prestar contas. Que eles possam fazer isto com alegria e não gemendo; do contrário, isso não trará proveito nenhum para vocês” (Hebreus 13:17)

A estrutura da Igreja

A igreja funciona de forma organizada, como todo o restante do Reino de Deus. Para que houvesse crescimento correto do povo de Deus, o Senhor Jesus estabeleceu as lideranças (Ef 4:11-16) para que toda a congregação pudesse ser edificada conforme a Palavra de Deus.

Quando algum membro recém-chegado começa a participar da igreja, precisa aprender muitas coisas novas e também abandonar muitas coisas que aprendeu errado. Além disso, precisa ser instruído acerca das atitudes erradas que veio praticando até aquele momento. Nesse sentido, os pastores tem o dever de instruir a congregação tanto no coletivo quanto individualmente.

A abrangência do ensino

Não há uma área da vida que não deve estar submissa à Palavra de Deus, portanto, não há um “limite de ação” quanto ao ensino e repreensão de práticas ideias contrárias às Escrituras. Isso significa, que uma vez que estamos em Cristo, todas as áreas da nossa vida deverão ser transformadas e que os líderes são responsáveis por apontar os erros e direcionar o caminho correto para uma vida santa e justa diante de Deus (Leia 1Ts 4:1-8).

Observe como Pedro diz: “sejam santos vocês também em tudo o que fizerem” (1 Pedro 1:15), a expressão “em tudo o que fizerem” abrange todas as áreas da vida. Essa instrução deve ser completa, abrangendo tanto a ordem (1Tm 4:11) quanto o ensino (1Tm 2:1,15) a exortação (2Ts 3:12) a admoestação (1Ts 5:14) e repreensão para a correção (1Tm 1:3). Essa responsabilidade é demasiadamente grande para quem está na liderança de uma congregação, por isso Tiago diz: “Meus irmãos, não sejam, muitos de vocês, mestres, sabendo que seremos julgados com mais rigor.” (Tiago 3:1).

A responsabilidade no uso da autoridade

Há de se observar que os líderes, não tem apenas maior responsabilidade, mas também possuem autoridade. Portanto, desde que o pastor (ou outro líder) não esteja dando orientações contrárias à Palavra de Deus (ou seja, pecaminosas), certamente estará nos limites de sua autoridade (Tt 2:15), porém, essa autoridade não pode ser usada para manipulação do rebanho visando proveito pessoal, mas deve ser usada sempre para manutenção da comunhão e avanço da fé (Rm 10:8; 13:10).

A rejeição da autoridade

Nesses últimos dias, tem crescido a ideia de um anarquismo religioso, onde cada um “se vira” e não aceita ensinos e repreensões que contrariem suas vontades, mas isso faz parte de uma ação do inimigo para fragilizar aqueles que caírem nos laços da rebelião. Por isso, Paulo disse a Timóteo: “pregue a palavra, insista, quer seja oportuno, quer não, corrija, repreenda, exorte com toda a paciência e doutrina. Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, se rodearão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos. Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas. Mas você seja sóbrio em todas as coisas, suporte as aflições, faça o trabalho de um evangelista, cumpra plenamente o seu ministério” (2 Timóteo 4:2-5.

O benefício da correção

Assim como quando nossos pais nos corrigiam e achávamos ruim, mas depois vimos que era para nosso bem, Deus nos corrige, usando as circunstâncias e também os líderes para trazer cura. Não adianta dizer que queremos cura se rejeitarmos a correção de Deus, pois é assim que Ele nos restaura (Leia Hebreus 12:5-13).

A gratidão pelo zelo em amor

Portanto, os líderes na igreja não devem ser vistos como “chatos”, “intrometidos” ou “inimigos”. Pelo contrário, devem ser tidos em grande consideração pelos irmãos, afinal, não é tarefa fácil ter que abordar alguém para instruí-lo, mesmo sabendo que poderá ser mal interpretado:

“Irmãos, pedimos que vocês tenham em grande apreço os que trabalham entre vocês, que os presidem no Senhor e os admoestam. Tenham essas pessoas em máxima consideração, com amor, por causa do trabalho que realizam. Vivam em paz uns com os outros.” (1 Tessalonicenses 5:12-13)
Escrito por
Pr. Felipe Morais
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