1 João 5.6,7 – Autenticidade da chamada “Comma Joanina” pelos críticos
Por: Felipe Morais
Este é aquele que veio por meio de água e sangue, Jesus Cristo; não somente com água, mas também com a água e com o sangue. E o Espírito é o que dá testemunho, porque o Espírito é a verdade. Pois há três que dão testemunho [no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na terra]: o Espírito, a água e o sangue, e os três são unânimes num só propósito. – 1 João 5:6-8
Erasmo (1446-1536) foi o primeiro registro de questionamento da Comma durante todos os primeiros 1500 anos do Cristianismo!
O texto que está entre colchetes é chamado de “Comma Johanneum” significando “Parêntese” ou “Cláusula” Joanina essa ideia surge muito recentemente na crítica textual. (veja mais sobre a crítica textual aqui)
Esse tem sido o texto mais atacado pelos Liberais, Agnósticos e Unitaristas.
Lembrando que, entre esses grupos, temos “doutrinas” que negam a divindade de Cristo, assim como sua Ressurreição, seu nascimento virginal e até mesmo a Volta de Cristo!
Também, negam a inspiração das Escrituras, e, por isso a colocam em xeque sempre que suas doutrinas não são compatíveis com a Bíblia.
O fato de haver manuscritos com esse trecho anotado à margem, em alguns casos, não necessariamente deveria indicar um acréscimo, mas uma correção. Visto que o unitarismo (arianismo) perturbou a igreja ao longo da História. Por exemplo, o famoso historiador Eusébio de Cesaréia era ariano. Também o imperador Constantino, como grande parte dos imperadores após ele era ariano. Foi batizado por um bispo ariano, Eusébio de Nicomédia (que não deve ser confundido com o biógrafo do imperador, Eusébio de Cesareia, também ariano). Mandou exilar Atanásio de Alexandria, assim como fez seu filho Constantino II (também ariano), exatamente por Atanásio ser contra o arianismo e a favor da Trindade!
Logo, subtende-se que não foram os copistas trinitários que inseriram, mas os unitaristas que removeram, sendo corrigidos posteriormente de acordo com o testemunho dos primeiros escritos antes mesmo do Concílio de Niceia (325 d.C.).
Enquanto a maioria esmagadora dos manuscritos contém esse verso, o que muitos esquecem (ou ignoram propositalmente), é que, muito tempo antes, Cipriano de Cartago (200-258 d.C.), faz a citação desse trecho como escrito por João:
O Senhor diz: “Eu e o Pai somos um”[1]; está ainda escrito do Pai, do Filho e do Espírito Santo: “E estes três são um”[2] (CIPRIANO de Cartago)[3]
É importante destacar que Cipriano faleceu em 258 na África em Cartago (província romana, atual Tunísia), e sua citação desse texto é muito mais antiga que os tais manuscritos usados pela crítica textual como “prova” de um suposto acréscimo ou anotações.
Portanto, a partir desse testemunho ancestral deixado por Cipriano, temos convicção de que se trata de um texto autêntico.
Artigos externos que vão acrescentar muito sobre o tema:
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[1] João 10.30
[2] 1 João 5.6-8
[3] Cipriano de Cartago. Patrística – Obras Completas I (Locais do Kindle 1677-1679). PAULUS Editora. Edição do Kindle.
Muito bom este estudo Deus abençoe sua vida pastor Filipe
Amém